Fatores como: idade, textura da pele, distúrbios da acuidade visual, problemas emocionais, etc., poderão deixar como conseqüência sua marca no território das pálpebras. Assim é que, quando V. é examinado (a) pelo cirurgião plástico, este estará fazendo uma análise profunda, para intervir somente naqueles setores que possam se beneficiar como a cirurgia.
Muitas vezes o problema estético das pálpebras é devido a fatores clínicos e não está indicada qualquer cirurgia (olheiras, edemas, etc.). Outras vezes, os problemas clínicos estão associados ao cirúrgico e, mesmo que se opere devidamente as pálpebras, ainda assim persistirá um percentual do defeito original, decorrente do distúrbio clínico associado.
A cirurgia plástica das pálpebras corrige apenas os excessos de pele e gordura e flacidez muscular do território palpebral, podendo, em certos casos, melhorar o aspecto funcional além de estético. Não deverá, entretanto acarretar qualquer prejuízo para o lado da função das pálpebras, desde que a evolução pós-operatória seja normal. As perguntas mais comuns quanto a esta cirurgia são:
01)
• P: EXISTE UMA IDADE IDEAL PARA SE OPERAR AS PÁLPEBRAS?
• R: Não existe uma idade ideal, mas sim, a oportunidade ideal. Essa oportunidade é determinada pela presença do defeito a ser corrigido e poderá ocorrer em qualquer idade.
02)
• P: E AS CICATRIZES SÃO VISÍVEIS? ONDE SE LOCALIZAM?
• R: Sendo a pele das pálpebras de espessura muito fina, as cicatrizes tendem a ficar praticamente disfarçadas nos sulcos da pele. Para tanto, deve ser aguardado o período de maturação da cicatriz (3 meses). Pela sua localização são passíveis de serem disfarçadas com uma maquiagem leve, desde os primeiros dias.
03)
• P: QUAL O TIPO DE ANESTESIA?
• R: Pela extensão da cirurgia e boa qualidade dos anestésicos, a maioria dos casos é operada sob anestesia local (em alguns casos, poderemos dar uma sedação prévia). Raramente são feitas sob anestesia geral. Reservamos esta última conduta para os casos em que clinicamente está contra-indicada a anestesia local (raros) ou mesmo, quando a blefaroplastia esteja sendo feita simultaneamente a outras cirurgias.
04)
• P: HÁ DOR NO PÓS-OPERATÓRIO?
• R: Geralmente não. Mesmo que ocorra uma sensibilidade maior ou pequenos surtos de dor, estes poderão ser perfeitamente abolidos com o uso de analgésicos comuns.
05)
• P: OS OLHOS FICAM MUITO INCHADOS? POR QUANTO TEMPO?
• R: O edema (inchaço) dos olhos varia de paciente para paciente. Existem aqueles (as) que já no 4º ou 5º dia apresentam-se com um aspecto bastante natural. Outros existem que irão atingir este resultado após o 8º dia. Mesmo assim, os 3 primeiros dias do pós-operatório são aqueles em que existem maior “inchaço” das pálpebras. O uso de óculos escuros poderá ser útil nesta fase, assim como a utilização de compressas frias diminui a intensidade do edema. Sòmente após o 3º mês é que poderemos dizer que o edema residual é discreto e não compromete o resultado final.
06)
• P: QUAL O PERÍODO DE INTERNAÇÃO?
• Anestesia local: Não há internação, o paciente permanece no hospital o tempo necessário para a cirurgia mais um tempo variável de recuperação após a mesma. Aproximadamente3 a 4 horas. Quando se faz com anestesia geral normalmente precisa-se de 1 (um) dia de internação.
07)
• P: QUANTO TEMPO DURA A CIRURGIA?
• R: Normalmente, em torno de 1 hora. Dependendo do caso, existem detalhes que podem prolongar este tempo. Mesmo assim, raramente ultrapassam 50 % do tempo básico previsto.
08)
• P:O QUE SÃO AS “MANCHAS ROXAS” OBSERVADAS EM CERTOS CASOS?
• R: Nada mais são do que a infiltração do sangue na pele subjacente, e mesmo na conjuntiva ocular; são devidas ao próprio trauma cirúrgico. Isto, entretanto, não constitui qualquer problema futuro e não é considerado como complicação, mas sim, uma intercorrência transitória e reversível.
09)
• P: Rugas da palpebra inferior e “pés de galinha” vão desaparecer?
• R: Não. As rugas da palpebra inferior vão ser atenuadas, porém não vão desaparecer completamente, pois, não podemos exagerar na retirada de pele deste local por causa dos riscos que isto poderia causar. Já os pés-de-galinha, não sofrerão nenhuma modificação poi esta não é a área de atuação desta cirurgia. Para a correção dos pés-de-galinha pode-se associar outros procedimentos, como, por exemplo, a aplicação de Botox (solicite informações se você desejar).
10)
• P: QUANDO ATINGIREI O RESULTADO DEFINITIVO?
• R: Após o 4º mês. Entretanto, logo após o 8º dia já teremos aproximadamente 50 % do resultado almejado, sendo que nas 2 ou 3 semanas subseqüentes esse percentual tende a melhorar acentuadamente.
11)
• P: OS OLHOS FICARÃO OCLUÍDOS APÓS A CIRURGIA?
• R: Sim. Nas primeiras 24 horas é fundamental um curativo oclusivo para se minimisar ao máximo a ocorrência de ecmoses (Manchas roxas) nas palpebras. Este curativo vai ser retirado no dia seguinte da cirurgia, quando, então a paciente volta a enxergar novamente. Lembrando que as palpebras vão inchar neste período, conseqüentemente, você terá uma certa dificuldade para abrir totalmente os olhos no dia seguinte da cirurgia. Isto vai se normalizando com o passar dos dias.
12)
• P: AFINAL, O RESULTADO COMPENSA?
• R: Se você está ciente do que deseja e o cirurgião puder lhe propiciar aquilo que V. pediu, sem dúvida compensa. Entretanto, é importante levar em consideração o fato de que a cirurgia das pálpebras não proporciona rejuvenescimento geral à face, quando executada isoladamente. Muitas pacientes esperam este resultado (rejuvenescimento) apenas com a blefaroplastia. O cirurgião plástico apenas melhorará esse território prejudicado pelos defeitos estéticos pré-existentes. O rejuvenescimento da face implica em outras condutas associadas à blefaroplastia. Os “pés de galinha”, mesmo que devidamente operados, nunca desaparecerão, ficando ainda o estigma, devido à ação do músculo orbicular e à perda da elasticidade da pele remanescente.
RECOMENDAÇÕES SOBRE A BLEFAROPLASTIA
A) RECOMENDAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIAS
• Confirme sua cirurgia com, no mínimo, 10 dias de antecedência da data marcada para a cirurgia, caso contrário a data será liberada para outros clientes.
• O jejum é fundamental nos procedimentos anestésicos cirúrgicos. Você deve se abster da ingestão de alimentos sólidos e líquidos no mínimo 6 horas antes da cirurgia.
• Evite tomar quaisquer medicações que não forem prescritos pelo seu médico.
• O uso do anticoncepcional (comprimidos ou injetável) deve ser interrompido, no mínimo, 15 dias antes da cirurgia. Use métodos de barreira (p.ex.: preservativos) para evitar gravidez.
• Medicamentos para emagrecer devem ser interrompidos uma semana antes da cirurgia.
• Evite o uso de bebidas alcoólicas 48 horas antes da cirurgia.
• Você deve parar de fumar no mínimo 30 dias antes da cirurgia e 60 dias após a cirurgia.
• Evite esportes e/ou exercícios físicos excessivos, você precisará de muita energia para uma boa recuperação no período pós-operatório.
• Medicações para dor (analgésicos e antiinflamatórios) e febre são muito perigosos se tomados até uma semana antes da cirurgia. Eles diminuem a coagulação do sangue e provocam sangramento excessivo durante e após a cirurgia. Citamos aqui alguns exemplos destes medicamentos: AAS, Buferim, Melhoral, Cataflam, Feldene, Voltarem, Biofenac, Profenid, Sonrisal, Sonridor, Aspisim, Resprim, Benegripe, entre outros.
• Você deverá comunicar ao anestesista o uso de medicamentos de uso diário, alergias medicamentosas, uso de próteses dentárias e doenças crônias (Hipertensão arterial, Bronquite Crônica, Asma, etc.)
• Não faça regimes de emagrecimento sem a orientação de um médico ou nutricionista. Isto pode acarretar queda dos níveis de proteínas e sais minerais importantes para a recuperação pós-operatória.
• Internar-se no hospital indicado, obedecendo ao horário previamente marcado.
• Programe suas atividades sociais, domésticas ou escolares de modo a não se tornar indispensável a terceiros, por um período de aproximadamente 15.dias.
• Não faça maquiagem no dia da internação.
B) RECOMENDAÇÕES PÓS-OPERATÓRlAS:
• É indispensável que uma pessoa adulta o acompanhe quando sair do hospital
• Não dirija nenhum veículo ou opere máquinas durante 24 horas após o ato anestésico cirúrgico.
• Evite ficar sozinho(a) em casa. Não tranque portas de banheiro e quartos.
• Evite alimentos muito gordurosos nos primeiros 2 dias.
• Não tome medicamentos que não sejam os prescritos pelo seu médico.
• Não tome atitudes sem falar com o seu médico.
• Evite esforços nos 7. primeiros dias.
• Alimentação livre.
• Aplique compressas com soro fisiológico (algodão embebido em soro fisiológico), várias vezes ao dia, durante 15 minutos, nos 3 primeiros dias, á partir do dia seguinte ao da cirurgia
• Usar óculos escuros quando se expuser à luz natural.
• Não traumatize nem “coce” os olhos.
• Evitar sol, vento e friagem, por 3 meses.
• Obedeça as instruções que lhe serão dadas por ocasião da alta hospitalar, relativas à movimentação dos membros superiores.
• Evite molhar o curativo, até que seja autorizada a fazê-lo.
• Volte ao consultório para curativos subseqüentes e controle pós-operatório nos dias e horários estipulados.
• Consulte este Folheto de Instruções quanto à evolução pós-operatória, tantas vezes quanto necessário.
• Provavelmente você estará se sentindo tão bem a ponto de esquecer-se que foi operada recentemente. Cuidado! Esta euforia pode levá-la a fazer esforços prematuros, o que determinará certos transtornos.
• Não se preocupe com as formas intermediárias nas diversas fases. Tire conosco suas eventuais dúvidas.